Quem acompanha Boys Love sabe que séries que giram em torno de comida têm sido frequentes no gênero. “Nossa Mesa de Jantar” (2023) apesar de não reinventar a roda, conseguiu se estabelecer como um dos destaques do ano por trabalhar a fórmula de maneira bem feita sem passar do ponto.
O BL conta a história de um funcionário de escritório Yutaka que tem dificuldades para socializar, mas encontra nos irmãos Minoru e Tane um lugar onde se sente pertencente. Isso porque Tane, o caçula dos irmãos, fica encantado pelo bolinho de arroz preparado por Yutaka e os irmãos então pedem que ele os ensine a preparar comida gostosa.
“Nossa Mesa de Jantar” tem um ritmo lento e calmo, mas isso não a torna entediante. Pelo contrário, você se vê envolvido pela aura aconchegante que permeia toda a série. No decorrer do BL também são trabalhadas questões sobre relações familiares que trazem profundidade e enriquecem ainda mais a produção japonesa.
Resumindo: “Nossa Mesa de Jantar” não é uma história densa cheia de reviravoltas nem aquela farofa que rende vários genéricos a favor e contra no Twitter, então acho que se encaixa mais na caixinha de BL comfort e maduro. Outra curiosidade interessante é que “Nossa Mesa de Jantar” conta com um homem trans como diretor e roteirista, Iizuka Kashou (34).
Infelizmente séries japonesas costumam passar despercebidas pela falta de um fandom mais barulhento como os fãs de produções de outros países, então o público acaba perdendo algumas jóias que o país oferece. Mas se você der uma chance para essa delícia de série e o loiro ressecado do Minoru, você certamente não vai se arrepender.